PIPAC é utilizada para tratar cânceres abdominais e tem menos efeitos colaterais que outros tratamentos
A Santa Casa de São José dos Campos realizou na última sexta-feira (16/8) um evento em seu auditório sobre a técnica PIPAC, um procedimento que vem revolucionando o tratamento oncológico. A palestra foi ministrada pelo Dr. Artur Reis, oncologista e coordenador do Grupo de Cirurgia Geral e Cirurgia Oncológica da Santa Casa, e pelo cirurgião oncológico, Dr. Rafael Seitenfus. Durante a atividade, os participantes puderam assistir a uma apresentação sobre a técnica, seguida por uma transmissão ao vivo do procedimento diretamente da Sala Cirúrgica Inteligente.
A PIPAC (Pressurized Intraperitoneal Aerosol Chemotherapy) é um tratamento que utiliza quimioterapia em forma de spray para combater certos tipos de câncer na região abdominal. Esse método é aplicado diretamente no abdômen por meio de uma cirurgia minimamente invasiva, chamada videolaparoscopia.
“Uma das principais aplicações da PIPAC é no tratamento de pacientes que sofrem com ascite refratária. A ascite ocorre quando a doença oncológica avança a um ponto em que se produz uma grande quantidade de líquido no abdômen, o que debilita muitas pessoas que têm carcinomatose peritoneal. A PIPAC é uma ferramenta que, quando aplicada de forma intercalada com as quimioterapias endovenosas, ajuda significativamente a controlar o efeito causado pela ascite, além de prevenir a formação e a reformação desse líquido”, declara Dr. Artur Reis.
O oncologista da Santa Casa ainda explica que o diferencial da PIPAC é que ela permite a administração da quimioterapia diretamente na cavidade abdominal. “Isso faz com que a medicação atinja de maneira mais eficaz as células cancerígenas presentes no peritônio, a membrana que reveste a cavidade abdominal, com menos efeitos colaterais em comparação à quimioterapia intravenosa tradicional.”
O tratamento é indicado principalmente para tipos de câncer do aparelho digestivo, como câncer de estômago, pâncreas e intestino, além de alguns tipos de câncer ginecológico, como o câncer de ovário.
Os principais critérios para determinar se um paciente é elegível para a PIPAC são: ter ascite refratária, estar em tratamento oncológico há pelo menos seis meses, e possuir um status de performance, ou seja, uma condição clínica que permita ao paciente ser submetido à cirurgia.
“Desde 2017, essa técnica vem sendo usada com sucesso em poucos hospitais no Brasil, e agora a Santa Casa de São José dos Campos está entre as pioneiras a realizá-la em uma cirurgia transmitida em tempo real”, concluiu o especialista.
Crédito foto: Freepik/divulgação.
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