Na próxima sexta-feira (5/2) é celebrado o Dia Nacional da Mamografia. A data tem o objetivo de reforçar a importância do exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama, segundo tipo de câncer mais comum em mulheres no Brasil e no mundo, ficando apenas atrás do câncer de pele não melanoma. No período da pandemia, no entanto, a realização do procedimento registrou queda: na Santa Casa de São José dos Campos, em 2019 foram feitas 4.515 mamografias e, no ano passado, 3.241 exames, diminuição de 28,2%.
A mamografia é uma espécie de raio X das mamas. A mastologista da Santa Casa de São José dos Campos, Dra. Bibiana Del Monaco Silva, ressalta que o exame é capaz de reduzir a taxa de mortalidade pelo câncer de mama em até 30% e que atrasá-lo pode ter impactos no tamanho da lesão, no tratamento e na possibilidade de cura. “É de suma importância que as mulheres não deixem de fazer o exame por conta da pandemia. O hospital está com todos os protocolos de segurança, com distanciamento, uso de máscara, higienização do ambiente após utilização de cada paciente, assim como as pessoas também estão adotando medidas de proteção”, fala.
Quando fazer a mamografia
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a realização anual da mamografia para mulheres acima dos 40 anos. Já a recomendação do Ministério da Saúde é que seja feita entre os 50 e 69 anos, a cada dois anos. Abaixo dos 40 anos, a mamografia pode ser indicada para mulheres com suspeita de síndromes hereditárias ou para complementar o diagnóstico, em caso de nódulos palpáveis e se o médico achar necessário.
A confirmação diagnóstica só é feita por meio da biópsia, a qual consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado para a definição do diagnóstico.
“Infelizmente, a Medicina ainda não encontrou alguma forma de evitar o aparecimento do câncer de mama, o que existe é fazer a prevenção secundária, ou seja, detectar o câncer inicial para que se obtenha a cura da doença”, salienta a especialista.
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