Os cuidados adequados executados por uma equipe preparada e bem treinada, associados à uma estrutura hospitalar completa, são pontos vitais para a sobrevivência de bebês que nascem prematuramente. E exatamente esses aspectos foram fundamentais para o pequeno Maycom Douglas Rosa de Oliveira, nascido na Santa Casa de São José dos Campos, com apenas 870 gramas. Chegando aos 2,010 quilos, o bebê deixou a UTI Neonatal da instituição no último dia 16, pronto para conhecer o mundo que o esperava.
A UTI Neonatal da Santa Casa de São José dos Campos possui 20 leitos, com estrutura completa e equipe multiprofissional especializada para o atendimento de recém-nascidos de alto risco. Maycom nasceu no dia 20 de julho, quando a mãe, Dalila das Dores de Oliveira, 31 anos, estava com 26 semanas de gestação (quase seis meses). “Descobri que eu tinha o colo do útero curto ao perder uma gravidez. Já haviam me falado que, com esse problema, a mãe não segura o nenê e, aí, ele nasceu antes da hora”, conta Dalila.
Desde o nascimento, a equipe da UTI Neonatal fez todo o acompanhamento necessário para que Maycom ganhasse peso e pudesse, finalmente, ir para casa. Sem leite suficiente para amamentar o filho, a alimentação do bebê foi complementada com leite humano pasteurizado, fornecido pelo Banco de Leite Municipal, contribuindo significativamente para sua evolução.
Dalila também foi acolhida por toda a equipe, recebendo informações constantes sobre o progresso do filho e os cuidados dispensados, além de ter a oportunidade de participar desses cuidados, por meio do posicionamento Canguru. Nele, a mãe mantém o recém-nascido em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito. “Fui bem recebida, meu bebê muito bem atendido, toda equipe muito atenciosa, excelente”, fala Dalila. “O tempo todo eles me tranquilizavam, falando que daria tudo certo e foi justamente o que aconteceu. Agradeço muito a Deus e à Santa Casa”, conclui a mãe.
Tratamento especializado
Em novembro, celebra-se o Mês Internacional de Sensibilização para a Prematuridade, no qual é reforçada a importância da qualidade do atendimento oferecido aos bebês prematuros e às suas famílias. Estima-se que anualmente, em todo o mundo, cerca de 30 milhões de bebês nascem prematuros ou com baixo peso, ou adoecem logo nos primeiros dias de vida.
Relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) e UNICEF reafirma a necessidade da oferta de tratamento especializado para salvar a vida dos pequeninos. O documento mostra que quase 68% das mortes de recém-nascidos poderiam ser evitadas até 2030 com soluções simples, como a amamentação exclusiva; contato pele a pele entre a mãe/pai e o bebê; medicamentos e equipamentos essenciais; e acesso a instalações de saúde limpas e bem equipadas, com profissionais de saúde qualificados.