A endometriose consiste na presença de endométrio (camada interna do útero), fora do útero. Esse revestimento pode implantar-se em outros órgãos como ovários, trompas, intestino, bexiga entre outros, causando dores e, em alguns casos, infertilidade. A causa ainda é desconhecida, muitas teorias tentam desvendar essa doença.
Segundo a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), mais de 7 milhões de mulheres sofrem com a endometriose no Brasil. Representa 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva sendo responsável por 40% dos casos de infertilidade.
A doença é grave, mas tem tratamento principalmente se tratada ainda em estágio inicial. O grande problema é que, geralmente, ela não é percebida tão cedo porque seus sintomas são interpretados por muitas mulheres – seus médicos – como dores de cólica menstrual. “Cólica menstrual e dor pélvica de forte intensidade não devem ser tratados como normal, essa crença atrasa em média 7 a 11 anos até o diagnóstico”, afirma o Dr. Marcelo Pellissier, ginecologista da Santa Casa.
O tratamento baseia-se em: medicamentoso, para aliviar sintomas e tentar estabilizar a doença, e cirúrgico na tentativa de remoção completa dos focos de endometriose, mas cada caso deve ser avaliado pelo médico.
Por esse motivo, a Santa Casa orienta todas as mulheres sobre a importância de procurar diagnóstico médico diante de dores fortes, como cólica no período menstrual, dor durante a relação sexual, dor lombar que pode irradiar para as pernas e alterações no hábito intestinal e urinário que são alguns dos sintomas da endometriose.