Dizem nossos sábios, de abençoada memória, que nossa alma se encontra do lado esquerdo do peito, ou seja, no coração.
Esse órgão é vital para nossas vidas, bombeia constantemente sangue para nossos pulmões, para sua troca gasosa, recebendo oxigênio e eliminando o excesso de gás carbônico, e para todo o corpo a fim de oxigenar os tecidos, mantendo nossas funções íntegras.
Por que o dia mundial dessa máquina? A Federação Mundial do Coração criou esse dia para despertar um cuidado especial à vida, pois, em 2022, atingimos quase 19 milhões de mortes cardiovasculares e estão previstas 22 milhões para 2025. Assim, o intuito é educar a população quanto às doenças agudas, sua prevenção e a ação que o indivíduo deve tomar frente a determinados sintomas.
As medidas podem ser curativas, preventivas e educativas. Em relação às primeiras, tivemos um avanço tecnológico e medicinal a partir dos anos 50, com a criação das unidades intensivas. Com isso, diminuindo a mortalidade do infarto, para aqueles que conseguem chegar nas primeiras horas e com vida no hospital, de 30% para 15%. A trombólise, no cenário medicamentoso, trouxe uma diminuição para 10 a 12% e a angioplastia coronária primária, aquela realizada nos primeiros 120 minutos do início dos sintomas, para 6% de mortalidade.
Paralelo a isso, as arritmias ganharam um cenário melhor com o estudo invasivo e a destruição dos focos arritmogênicos por ablação com cateter, inclusive aquelas consideradas malignas quando detectadas, recebendo um desfibrilador implantável.
A cirurgia cardíaca evoluiu com a criação dos octopus, para minimizar o tempo de circulação extracorpórea, promovendo mais segurança e melhores resultados; as angioplastias avançaram com cada vez mais stents de melhor perfil e melhor entrega da droga antiproliferativa, tornando pouco frequente as recidivas por reestenose intrastent; os defeitos congênitos, tratados com próteses percutaneamente, e a estenose aórtica, com implante de válvula aórtica por via percutânea, diminuíram a mortalidade cirúrgica e aumentaram a longevidade dos pacientes. E ainda não paramos, porque a ciência persegue a perfeição e estamos longe disso.
As medidas preventivas relacionados ao estilo de vida, hábitos alimentares mais saudáveis e atividade física também devem causar impacto no aparecimento dessas doenças, resultando em menor índice de internações cardiológicas e consequentes óbitos. Por fim, contamos com as medidas educativas, que têm o propósito de esclarecer a população em relação a alguns sinais e sintomas, recomendando a procura imediata de um hospital nestes casos.
A Santa Casa de São José dos Campos reúne todos os requisitos para tratar as mais diversas doenças cardiológicas de alta complexidade, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida dos nossos pacientes.
Médico responsável: Dr. Ciro Jones Cardoso, CRM: 56471, médico cardiologista da Santa Casa de São José dos Campos.
Diretor técnico: Dr. Danilo Stanzani Júnior – CRM 81365-SP.