Este mês é marcado pela campanha Junho Laranja, em conscientização da população e autoridades quanto à prevenção de acidentes com queimaduras – o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras é em 6 de junho. No Brasil, são cerca de 150 mil internações por ano em razão do problema. Desse total, em média, 30% são crianças.
Com a pandemia e o isolamento social, os acidentes domésticos registram alta. Havendo caso com queimadura, a desinformação sobre como agir traz riscos de complicações no tratamento, ressalta o coordenador da UTQ (Unidade de Tratamento de Queimaduras) da Santa Casa de São José dos Campos, Márcio Fontoura. Uma pesquisa realizada por estudantes para um trabalho científico sobre enxerto de pele e apresentado em março de 2021 na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que 39% dos entrevistados afirmaram que não procurariam cuidados médicos, em caso de queimadura. “Quando ocorre um acidente deste tipo, os primeiros cuidados devem ser rápidos e adequados para aumentar o êxito do tratamento e reduzir complicações”, fala Fontoura.
As queimaduras de mãos, pés, face, períneo, pescoço e olhos precisam ser avaliadas em uma unidade especializada. A gravidade da queimadura será determinada pela profundidade, extensão e a área afetada.
Com uma queimadura causada por chama ou calor, as primeiras medidas antes de chegar ao atendimento médico é retirar imediatamente anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos, sapatos e roupas, antes que a área afetada comece a inchar. Esfrie a área com água limpa na temperatura ambiente. “Não use gelo, pois pode agravar a queimadura”, salienta o médico. Também é indicado cobrir o local com um pano limpo.
Se a roupa estiver grudada na área queimada, é importante lavar a região até que o tecido possa ser retirado delicadamente sem aumentar a lesão. Se continuar aderido à pele, o tecido deve ser cortado ao redor do ferimento.
Já em caso de queimaduras causadas por produtos químicos, remova qualquer acessório que estiver próximo à região afetada e enxágue o local por, pelo menos, 20 minutos em água corrente, tomando cuidado para que não escorra e cause irritação em outras partes do corpo.
O coordenador da UTQ alerta para quais ações não devem ser feitas sob nenhuma hipótese “Não use nunca pasta de dentes, pomadas, clara de ovo, manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro ingrediente sobre a área queimada; não remova tecidos grudados, mas corte cuidadosamente e retire o que estiver solto, e não estoure bolhas”.
O especialista frisa ainda que, melhor que remediar, é prevenir. “Principalmente com as crianças, mantenha-as longe da cozinha; ao cozinhar, sempre direcione o cabo das panelas para a área interna do fogão, deixe produtos químicos fora de alcance e proteja tomadas e equipamentos elétricos”.
Queimaduras por álcool em gel
Com a pandemia, o uso de álcool em gel virou um dos principiais aliados no enfrentamento ao vírus. Mas ao utilizar o produto para higienização, é fundamental manter distância de fogo, fogão, churrasqueira, fósforos, isqueiro ou qualquer outra fonte de calor ou fogo.
“Priorize lavar as mãos com água e sabão, usando o álcool em gel apenas quando a lavagem não for possível. Utilizando, não tenha aproximação com nenhuma fonte que possa queimar a pele”, pontua o médico.
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